Tico Santa Cruz |
O vocalista da banda Detonautas, Tico Santa Cruz, veio a Patos de Minas nesta sexta-feira (26) para realizar uma oficina para bandas da cidade. Antes da oficina, com muita naturalidade, o artista deu uma coletiva para a imprensa. O cantor falou sobre internet, música, filosofia, educação, drogas, cidadania, reality show, e muito mais.
Tico Santa Cruz chegou às 14 horas no Teatro Municipal e, bem à vontade, ele respondeu às perguntas. Ele que está acostumado a fazer palestras para universitários e estudantes falou sobre o cenário do rock atualmente no Brasil. Comentando que o estilo perdeu espaço para o sertanejo, ele falou que isso são questões cíclicas que podem realmente acontecer.
Sobre a internet, ele falou que é o caminho, principalmente para músicos. Ele contou que a ferramenta democratizou a música, fazendo com que o pobre também consiga mostrar sua arte sem precisar de uma gravadora. A respeito de educação, ele falou que está faltando principalmente compromisso dos universitários. “Muitos só estão querendo festa e diversão”, comentou.
Uma polêmica. O artista contou que é favorável à legalização das drogas. Porém, ele que é pai de dois garotos disse que tem ter responsabilidade nisso. Ele falou que com a legalização “que é diferente de liberação”, as pessoas não poderão comprar droga em qualquer lugar como acontece atualmente. “Funcionaria como um remédio que vende na farmácia; só com receita o cidadão poderia adquirir”, explicou.
A participação dele no programa “A Fazenda” também foi tema do bate papo. Ele disse que encarou o programa como uma nova experiência e aprendeu muito. Ele contou que apesar de não ser muito o seu estilo, não se vendeu pelo prêmio e manteve sua postura. Para o músico, é necessário haver envolvimento para existir transformação.
Para os músicos de Patos de Minas que estão começando ele deixou uma mensagem. Tico Santa Cruz que tem como influências Raul Seixas, Renato Russo e Cazuza disse que é preciso manter o estilo e ter disciplina. Sobre o concurso de bandas, ele explicou que é um ótimo espaço para tocar e tem que ser aproveitado.
O músico que gosta de levar as pessoas a refletirem sem muitos conceitos prontos contou que ninguém nunca tentou forçá-lo a fazer alguma coisa. “As pessoas, na maioria das vezes, são forçadas a fazerem coisas erradas porque deram liberdade para o outro”, justificou. Outra mensagem para os músicos foi a seguinte: “Nunca aceite qualquer papel, pois quando precisarem de alguém para fazer qualquer papel, eles irão te procurar”, finalizou.
Autor: Farley Júnio
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